O aparecimento dos primeiros pianos em Pernambuco, segundo depoimentos de visitantes estrangeiros, como Henry Koster, foi em agosto de 1810, relatando que se ouvia um som na casa de um padre professor do Seminário de Olinda:
"Dançamos ao som do piano, tocado por um dos professores (de música!), com tal bom humor que só se deteve quando os próprios dançarinos lhe pediram para parar".
O nobre viajante inglês também relatou que havia a presença de um piano na festa de Nossa Senhora da Saúde do Poço da Panela, em janeiro de 1810, que era tocado por uma senhora de um negociante e alguns instrumentos de sopro tocados por pessoas respeitáveis. No livro "O Piano em Pernambuco", de Leonardo Dantas Silva, p.18, descreve os seguintes relatos:
"(...) tocado pela senhora de um negociante e alguns instrumentos de sopro tocados por pessoas respeitáveis. A música vocal foi executada pelas mesmas pessoas, auxiliados por alguns mulatos, escravos da senhora".
Conta-se também:
"No seu Diário de Viagem a inglesa Maria Graham, ao aportar no Recife em 1821, anotou numa de suas visitas a uma casa de família a existência na sala de um ´bonito piano Broadwood`. Também o dicionarista Antônio Morais Silva, domiciliado no Engenho Novo da Muribeca (Jaboatão-PE), ao escrever a segunda edição do seu Dicionário da Língua Portuguesa (1813) já registra o termo piano-forte: ´instrumento de tecla bem conhecido e usual". (O Piano em Pernambuco, Leonardo Dantas, 1987).
Fontes de pesquisa:
Diário de uma Viagem ao Brasil (Maria Graham):
https://bdor.sibi.ufrj.br/bitstream/doc/444/1/GF%2008%20PDF%20-%20OCR%20-%20RED.pdf
Também há relatos do uso do piano forte (ou forte piano), como era conhecido entre nós, nas grandes e pequenas igrejas do Recife, que foi registrado no Livro de Despesa (1828-1887)
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